quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cuidado do recém nascido



Quando estamos no hospital, não importa se por parto normal ou cesárea (no meu caso), aproveite ao máximo a ajuda das enfermeiras e médicos de plantão, esclarecendo todas as dúvidas que surjam neste momento (não se preocupe, a partir de agora, você será uma saco de dúvidas ambulante, escreve o que estou dizendo).

Aprendi muito com as enfermeiras e com a primeira pediatra de Juan Martín, que o trouxe ao mundo. Com as enfermeiras aprendi bastante sobre amamentação, como trocar as fraudas, colocar pra arrotar, a melhor posição para dormir, como curar o umbigo. Somente me faltou o banho que até o momento tenho um pouco de dificuldade e receio, mas vou superar meus medos.

Porque digo isso?
Quando somos mães de primeira viagem todos que estão a nossa volta dão palpite de como fazer tudo isso que listei acima e geralmente cada pessoa diz que deve fazer uma coisa diferente, o que nos leva a uma confusão enorme neste primeiro momento, por isso uma especialista que faz isso todos os dias, no caso as enfermeiras e o seu (sua) pediatra, podem ajudar muito neste primeiro momento.

Além disso, a pediatra que participou do meu parto me deu dicas super importantes sobre amamentação, mostrando como era muito mais fácil seguir as posições corretas na hora de amamentar, evitando dores nas costas e outros inconvenientes.so dores nas costas e sensaçao pediatra, podem te ajudar muito. r,  

Por isso digo, sempre devemos aproveitar a oportunidade para solucionar nossas dúvidas.

Amamentação materna


A amamentação é instintiva em um primeiro momento, mas depois requer de conhecimento e técnicas para poder cumprir seu objetivo e nem sempre é fácil. Desde que meu bebê nasceu, estou aprendendo, cada dia uma coisa nova e este é só o começo.

Acho que nosso primeiro instinto é pegar o filho e colocar no peito e o resto a gente vai ajeitando e aprendendo depois. Pelo menos neste primeiro contanto com o meu bebê foi assim. E olha que existem milhões de coisas para aprender.

Mesmo tendo lido sobre amamentação durante a gravidez e tendo consciência da infinidade de benefícios desta prática, na hora H a gente fica sem saber o que fazer muito bem o que fazer: como pegá-lo, como colocá-lo no peito.

Mas o coloquei no meu peito e ele me ajudou bastante, agarrando em seguida o peito, parece que também é instintivo aceitar com tanta facilidade o peito, nos primeiros momentos de vida e parecia que ele estava com muita fome e acredito que foi tão natural a aceitação do meu peito por ser colocado para mamar depois de tão pouco tempo de nascido, este fato ajudou bastante (acho).......

Durante nossa estadia de três dias no hospital, iniciamos todo um aprendizado, que apenas começava e que agregamos um dado novo a cada dia. Neste sentido, acredito que foi super importante ter a nossa volta pessoas e profissionais que valorizassem e incentivassem a prática da amamentação.

Tive sorte porque a enfermeira que estava de plantão me incentivou bastante a amamentar, mostrou várias posições que poderia utilizar, assim como disse que o leite era o melhor que poderia oferecer ao meu filho.

Porque digo isso?
Nem sempre as pessoas têm a mesma sorte que eu. Conheço vários casos de mulheres que por vários motivos não puderam amamentar seus filhos no hospital e depois já não conseguiram estabelecer esta prática depois de chegar em casa.
Pode ser porque as próprias enfermeiras ou mesmo o médico já incentivam a utiliza o leite artificial, alegando que a mãe não “produz” leite suficiente para saciar a fome do bebê.
Constatei por conta própria que quando mais mama, mais leite produzimos, é uma coisa impressionante (conversa para outro dia).


Bom, primeiro, nos primeiros dias você não tem muita certeza se seu leite é realmente suficiente para seu filho, até mesmo porque nos primeiros dias temos o colostro, um líquido mais amarelado que é produzido em menor quantidade e que é super importante para o bebê, já que atua como um imunizador natural, mais completo que qualquer vacina que seu filho possa tomar.

Somente depois de uns 2 ou três dias que surge o leite, só que também ficamos na dúvida já que ele não tem a mesma cor do leite da vaca, ele é mais aguado, mas ele dispõe de todos, digo todos os ingredientes necessários para a nutrição de nossos filhos.

Enfim, produzimos leite, antes disso colostro, na medida da necessidade de nossos filhos e não devemos comparar a cor e o cheiro com o leite que conhecemos, porque não é a mesma coisa.

Este foi apenas o primeiro episódio de vários sobre amamentação. Com o tempo vou compartilhando o que estou aprendendo com as outras mulheres da vida de Juan Martín, assim como a partir das coisas que leio e pergunto a respeito.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

História de parto - Parte I

Bom, como havia dito anteriormente para vocês, tive uma cesárea. Sabe que este tipo de parto traz algumas vantagens, como por exemplo, poder organizar tudo o que você necessita para a chegada do bebê, até os últimos detalhes: o quarto, a roupinha, a hora de ir ao hospital, a dieta especial para a hora H.

Enfim, no dia anterior, quinta-feira, 20 de outubro, eu e meu marido não dormimos muito bem, pela ansiedade, claro, vocês devem imaginar. Imagina, no outro dia, o bebê tão esperado, sonhado e calculado iria chegar e tínhamos uma grande expectativa de como iria ser tudo a partir deste momento, claro, nunca é da forma como imaginamos, posso dizer que é bem melhor.

Tudo tão novo, tão mágico, não dava para dormir bem de jeito nenhum. Sabíamos mas não dizíamos que este era o último dia de uma etapa de nossa vida e que uma outra fase cheia de desafios, alegrias e novidades batia à nossa porta. Não da para dormir mesmo.

Bom, deveríamos estar no hospital às 7h da sexta-feira, 21 de outubro, mas com desculpa de preparar alguns documentos para o trabalho, nos despertamos às 5.30 h. Às 7h horas, depois do café da manhã do maridão e da minha mãe (não comi nada por recomendação medica, só tomei um suco) fomos para o hospital.

Demos entrada no hospital e fomos para o quarto n. 18, o mesmo onde já foi internado o avô, a avó e até mesmo o pai do meu marido (é um hospital tradicional do bairro).

Na preparação para a operação, coloquei a camisola do hospital, soro e sonda (umas das coisas mais incômodas que já tive que utilizar na minha vida) e em pouco tempo me pesaram, tiraram minha pressão, escutaram meu coração e controlaram minha temperatura, últimos preparativos para o último momento. Já estava no quarto quando chegou o tio do meu marido (que é médico e que também é o fotógrafo amador da família), com sua câmera. Parecia que o parto ia ser todo documentado.

Em seguida meu médico chegou e disse que em pouco tempo já entraríamos na sala de operações, perguntou como estava: tranqüila né, o momento de espera estava acabando finalmente. Em seguida o anestesista que foi super simpático e me disse como iria ser o procedimento e quais as sensações e reações poderia ter.

Na verdade confesso para vocês que desde que coloquei a camisola do hospital não consegui prestar muita atenção no que as pessoas me diziam, parece que foi neste momento que me aplicaram a anestesia, porque me sentia um pouco afastada do mundo exterior, estava com pensamento em outro lugar, em meu bebê.
Somente queria ver e tocar meu bebê, era nisso que estava minha cabeça e já não entendia mais nada do que me diziam. Queria ver a cara de Juan Martín, pegar ele no colo, só pensava nisso e parece que o as pessoas em volta já estavam falando de um outro lugar, bem mais distante. Enfim, uma sensação confusa, se pararmos para pensar.

História de parto - Parte II

Finalmente a enfermeira chegou com a maca e me levou para a sala de cirurgia. Quando era empurrada na maca, desconectei-me mais ainda com tudo em volta e achava até melhor, já que tinha a sensação de que as pessoas conversavam comigo coisas sem sentido naquele momento, além do fato de vê-las de cabeça para baixo, por isso achei melhor mesmo ficar mais desconectada e distante de tudo.....

A médica neonatal que iria acompanhar o parto conversou comigo e me apresentou sua equipe de trabalho e quando cheguei meu médico já estava na sala de cirurgia, o anestesista e o tio médico, além de toda a equipe de enfermeiros e ajudantes da cirurgia.

O tio médico tirou várias fotos e o anestesista conversava muito comigo e perguntava várias coisas, para mim sem sentido, mas que acho que tinham o objetivo de me localizar no espaço/tempo (tipo o que faço, onde moro, com o que trabalho, qual o nome do meu marido)  e pensava: porque perguntar isso agora, vamos logo com isso.

O que não gostei foi que na hora da operação taparam a minha visão da operação, ou seja, estenderam um tecido para que não eu visse a operação, mas mesmo assim, como a luz era muito forte via claramente as sombras e pensei que poderia ver exatamente o momento do nascimento do bebê.

Quando me diziam que a anestesia fazia com que não sentisse nada, não acreditava muito, mas realmente é uma sensação muito estranha. (desculpa pessoal, mas somente tomei anestesia geral uma vez e não me lembro de nada e achei uma experiência que me chamou a atenção).

Enfim, estavam mexendo de um lado par ao outro, conversavam e de repente começam a falar um pouquinho mais baixo e entrei em pânico e pensei.......

-Porque falam tão baixo? O que está acontecendo? Será que tem algum problema com o bebê?
-Digam alguma coisa, por favor......
E não conseguia me mexer muito pela anestesia, comecei a ficar inquieta e querer me levantara para escutar melhor e de repente.........
Duas perninhas caíram do outro lado do tecido......
-Ai meu deus, o que está acontecendo, alguém fala alguma coisa.......
-Por favor e .......
Ouvi um choro forte um pouco distante............
-Será que é ele?
-É de verdade?
-Nasceu?
-Ai ai ai
Era ele, meu Juan Martin tinha nascido e já estava bravo porque estavam mexendo com ele ....Hehehehehe
-Muito bem moleque, fica bravo mesmo.....
-Deveria estar com frio, tadinho do meu bebê.......
-Em seguida a médica me mostrou meu bebezinho rapidinho e depois o levou para seu controle, para ser limpo e tudo mais e depois dsapareceu,........
Foi para outro lugar para cuidarem dele.......
Depois que o vi por um segundo e vi que estava bem já não me importava mais nada, inclusive já queria sair logo daquela sala e pegar ele no colo, desenrolá-lo todo para ver como ele era e a operação nunca acabava......

-Vamos lá pessoal, rápido que meu Martin esta lá de fora precisando de mim.....
-Vamos lá, costura essa barriga de qualquer jeito (ainda bem que não pensei em voz alta né), fiquei caladinha esperando terminar logo e a anestesia começou a incomodar, tive vontade de vomitar e nunca acabava........
-Vamos lá pessoal.....
Depois da meia hora mais longa da minha vida, fui para o quarto para ver meu bebê e nunca traziam.........
Meu marido não entrou na sala cirurgia (ele estava tão ansioso que não ia aguentar ficar lá dentro) e quando entrou no quarto e pegou na minha mão os dois começaram a chorar como duas crianças, as duas avós saíram (entenderam o momento) e a gente não disse nada, somente ficou de mãos dadas chorando, a espera tinha acabado.......
Depois de uma hora mais ou menos, ele veio todo bonitão, com a roupinha que tinha escolhido e que é uma das minhas preferidas.....
Chegou, lindo, grande, perfeito e peguei nos braços e não sabia muito bem o que fazer com aquele serzinho tão pequeno.
Fiquei com ele no colo por um tempo olhando-o, eu e o meu marido e depois, logo em seguida o coloquei no meu peito.
Acho que foi ai que a gente se apresentou........
Porque ele sugou com força como se sempre houvesse feito e parecia que dizia.....
Oi mamãe e acho que em silencio respondi....
Oi filho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Resguardo ou quarentena

Olá pessoal
Como estão?
Há quanto tempo não apareço por aqui não é mesmo?
Mas sabe aquela famosa história do resguardo que a mulher deve respeitar para correr tudo bem com ela e com o bebê?
Sabe que é uma coisa muita certa. Fiquei quietinha em casa, cuidando do baby e sendo mimada pela minha mãe.
Mas sabe que sumi daqui porque realmente não tinha tempo para nada....
Agora que conseguir colocar o bacuri para dormir depois de toda a tarde no colo.....
Hoje estava querendo colo........


enfim, quero voltar as atividades e tenho tanta coisa para contar para vocês....


Somente digo que é uma loucura de mãe, como aquela propaganda de fraudas (é uma propaganda argentina, não sei se passa aí no Brasil.


"Vida de pais é caoticamente linda".....


Sábias palavras........
Mas voltando ao assunto


Agora mudei de categoria, deixei de ser uma grávida de primeira viagem para ser uma mãe de primeira viagem, mas desafiante que a condição anterior e vou precisar de muita ajuda nesta nova fase.......