Bom, como havia dito anteriormente para vocês, tive uma cesárea. Sabe que este tipo de parto traz algumas vantagens, como por exemplo, poder organizar tudo o que você necessita para a chegada do bebê, até os últimos detalhes: o quarto, a roupinha, a hora de ir ao hospital, a dieta especial para a hora H.
Enfim, no dia anterior, quinta-feira, 20 de outubro, eu e meu marido não dormimos muito bem, pela ansiedade, claro, vocês devem imaginar. Imagina, no outro dia, o bebê tão esperado, sonhado e calculado iria chegar e tínhamos uma grande expectativa de como iria ser tudo a partir deste momento, claro, nunca é da forma como imaginamos, posso dizer que é bem melhor.
Tudo tão novo, tão mágico, não dava para dormir bem de jeito nenhum. Sabíamos mas não dizíamos que este era o último dia de uma etapa de nossa vida e que uma outra fase cheia de desafios, alegrias e novidades batia à nossa porta. Não da para dormir mesmo.
Bom, deveríamos estar no hospital às 7h da sexta-feira, 21 de outubro, mas com desculpa de preparar alguns documentos para o trabalho, nos despertamos às 5.30 h. Às 7h horas, depois do café da manhã do maridão e da minha mãe (não comi nada por recomendação medica, só tomei um suco) fomos para o hospital.
Demos entrada no hospital e fomos para o quarto n. 18, o mesmo onde já foi internado o avô, a avó e até mesmo o pai do meu marido (é um hospital tradicional do bairro).
Na preparação para a operação, coloquei a camisola do hospital, soro e sonda (umas das coisas mais incômodas que já tive que utilizar na minha vida) e em pouco tempo me pesaram, tiraram minha pressão, escutaram meu coração e controlaram minha temperatura, últimos preparativos para o último momento. Já estava no quarto quando chegou o tio do meu marido (que é médico e que também é o fotógrafo amador da família), com sua câmera. Parecia que o parto ia ser todo documentado.
Em seguida meu médico chegou e disse que em pouco tempo já entraríamos na sala de operações, perguntou como estava: tranqüila né, o momento de espera estava acabando finalmente. Em seguida o anestesista que foi super simpático e me disse como iria ser o procedimento e quais as sensações e reações poderia ter.
Na verdade confesso para vocês que desde que coloquei a camisola do hospital não consegui prestar muita atenção no que as pessoas me diziam, parece que foi neste momento que me aplicaram a anestesia, porque me sentia um pouco afastada do mundo exterior, estava com pensamento em outro lugar, em meu bebê.
Somente queria ver e tocar meu bebê, era nisso que estava minha cabeça e já não entendia mais nada do que me diziam. Queria ver a cara de Juan Martín, pegar ele no colo, só pensava nisso e parece que o as pessoas em volta já estavam falando de um outro lugar, bem mais distante. Enfim, uma sensação confusa, se pararmos para pensar.
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